segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pra não dizer que não falei..

Dos idos concursos do PQP:

 Hoje é assim 

amar é não corresponder nunca nem obter o esperado
é desatinar no conceito de cotidiano
e se achar nas asas da liberdade
é não perder-se de si
mas achar ao outro,
a ti,
é saber da não convergência e aceitar
que é longe ou impossível,
o meu, somado ao teu,
caminho.

PROSDOIS _ O princípio

Escrita livre. Nela dou vazão aos devaneios que circundam confusos em minha mente. Ando em círculos. Texto. Pensando evitar os pensamentos que vêm a mim como "flashs" impossíveis de serem evitados. Confesso. Te quero. Mas não quero. Oh, como quero, quero do modo mais displicente, te quero, apenas, não tão ausente. Ah, que tão fecunda seja a autópsia dos amores passados, quando dignificados pela luz de um incerto e desconhecido talvez. Não é a incerteza que me atrai, mas o intrínseco escondido, enclausurado sob a máscara da necessária distância cotidiana.

Alice/Dana
Sob os auspícios de Tuaíh.

azul é a cor mais cinza, de tão verde que se apresenta

Não sei como ser tão vazia
quando o cinza me define tão bem:
da solidão concreta
às fugidias nuvens
Nada me escapa..
enquanto tanto ainda assusta.
Mais de tanto mesmo
amores que tanto curam
somente quando convém
Um brinde ao cuidado,
não do outro,
mas daquela autopreservação
que paulatinamente mata
tanto a confiança quanto a espontaneidade.

só hoje

Assusta a tão brincada fuga
acompanhada da displicente ausência
em tão escasso momento 'oportuno'.
A fragilidade encanta tão rápido
quanto causa o fastio..
e tudo morno viça tanto
que minhas lágrimas salgadas e ardentes
tomam de assalto toda a beleza
há tanto tão forte e escondida.
E não é, de todo, o tempo quem me consome o tônus
mas sim essa mania de se ir inteira
até que não reste nenhuma colheita.