sábado, 19 de junho de 2010

De 17 outubro de 2008, tempos de primazia do cárcere

Meus olhos ardidos procuram os limites, enfadados da repetição e do apelo constante aos já espasmáticos mecanismos mentais, procuro uma porta? Uma função?Onde o espaço privativo já não se resume, nem mesmo ao alcance das mãos. Horas, lá estão elas, perfeitamente contadas no canto inferior direito, passando tão donas de sí que nelas já me desconheço. O que faço já não importa, é um processo, obrigativo, sem retorno e com prazo pra findar, ao menos uma etapa, mas..onde estou? Vejo minha cama mas não a possuo, não a posso desfrutar..reconheço os móveis..mas, será a casa, meu lar? Não pode ser, aqui o que reina é este que agora, neste exato momento me encara, desafiando ou aceitando o que escrevo..Não, não, esta é somente a ferramenta. Ou...serei eu? Não entrevejo olheiras nele, cãibras ou solidão..claro, isso porque ele trabalha bem, sem stress, quase sem ruído ou reclamação..sim, sim, fraca sou eu..aturdida e sem limites entre quem manda e obedece aqui! Mas..aqui onde mesmo??
Dana.
C.L. PQP

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