quinta-feira, 17 de junho de 2010

Errante ser que sou e desditosa mentira que me faço
quando escandalizo ao próprio corpo a procurar por vão prazer
ao descontentar-me comigo mesma e correr suspensa sobre sonhos e mar
postergando a outrora meus devaneios e liberdade
E quando o tempo a mim se apresenta
soberbo e presente,
inadulterável, meu,
heis que a mim reperco
desprezando ilusões e abraçando a solidão
de desvincular amor de mundo
real de querido
a verdade de tudo
Porque, por mais sagaz que se faça,
há na vida certa incitação à derrota
que de abarrotar-nos a alma
nos despenca e corrói
as veias que convertem
desejo em intento.

Dana
61º CL PQP


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