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...Contudo, o acréscimo de liberdade trouxe uma mudança no caráter de liberdade. É como se as inúmeras leis, normas e instruções que devemos cumprir dirigissem o carro e não nós. Existem limites para a velocidade, advertências para dirigir mais devagar, parar e se manter dentro das faixas de tráfego, e até diagramas mostrando a forma da curva que está adiante.Devemos manter os olhos na estrada e ficar prontos para reagir a cada instante com o movimento certo. Nossa espontaneidade foi substituída por uma disposição de espírito que nos obriga a descartar-nos de qualquer emoção ou idéia que possa diminuir nossa atenção às exigências impessoais que nos assaltam.
[Eclipse da Razão –max horkheimer - trad. uchoa leite - ed. labor do brasil - p109]
gostei do exemplo cotidiano, lembrei de certos filmes futuristas em que nem dirigir se dirige mais..carros em pistas, todos na mesma velocidade e guiados por IA (inteligência artificial) _ qualquer semelhança com o "´pensamento" não será mera casualidade..
Massa o blog...
ResponderExcluirInteressante a comparação dos imperativos no trânsito, com o que nos determina o pensamento e a vida em geral.
Poderiamos refletir sobre sermos também determinados pelos próprios automóveis(tecnologias para nosso bem- estar) que tanto nos dizem proporcionar uma tal liberdade...
Matheus
Pois é, tirando mesmo os limites impostos "legal e contraditoriamente pela lei sobre essa liberdade, ainda chegamos num ponto em que a maior tolição se encontra na retirada, ainda que silenciosa e não diretamente violenta, do poder de escolha do caminho..
ResponderExcluir"...todos na mesma velocidade e guiados por IA"
ResponderExcluirisso me lembra "coletivamente"...
Desse modo me parece q falas de um coletivo uno, sem rugosidades, acho que a coletividade pressupõe existências internas diversas, pq, se assim não o fosse, qual seria a diferença de inúmeras personalidades idênticas [a temida e chamada unanimidade] ?
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